Morreu neste sábado (17/08), um dos maiores nomes da história da TV brasileira, Silvio Santos, morreu aos 93 anos, após ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Silvio morreu em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).
Silvio Santos é um marco na história da televisão brasileira. Ao longo dos últimos 60 anos, ele manteve-se no ar, com passagens pelas principais emissoras, incluindo a rede Globo, até criar sua própria rede: o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Filho do casal Alberto Abravanel e Rebeca Caro, Senor Abravanel nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1930, e, desde cedo, envolveu-se em negócios para ajudar a família. Um dos capítulos mais conhecidos de sua vida remota à juventude, quando trabalhou como camelô nas ruas da capital carioca, vendendo capas para títulos de eleitor. O nome artístico Silvio Santos surgiu quando a carreira no rádio e na televisão virou uma opção para o vendedor aumentar seus lucros.
Em 1954, Silvio assinou o primeiro contrato fixo como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional.
O sonho começou em 1976, quando o general Ernesto Geisel, um dos presidentes do período da ditadura militar, concedeu ao comunicador a TVS (TV Studios) do Rio de Janeiro. Quase cinco anos depois, em 1981, Senor Abravanel fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
O apresentador foi um dos maiores nomes da televisão brasileira, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandava desde 1963, e do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que entrou no ar em 1981.
No SBT, Silvio criou um jeito próprio de fazer televisão. A estratégia incluía diversas mudanças na grade, com pouco espaço para jornalismo, programas inovadores e apostas que poucos fariam, como o seriado Chaves e as novelas mexicanas. A emissora lançou nomes como Gugu Liberato, Celso Portioli, Eliana, Mara Maravilha e, mais recentemente, Maisa e Larissa Manoela.
Em 1989, na primeira eleição presidencial do Brasil após a ditadura militar, uma surpresa ocorreu: Silvio Santos decidiu candidatar-se ao cargo de presidente da República. Contudo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a ilegalidade da candidatura, que não teria respeitado os prazos previstos em lei. Assim, em 9 de novembro de 1989, por decisão unânime, a Corte impugnou a chapa Silvio Santos-Marcondes.
Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.