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Uma Bela Conquista

Postado em 08 de Março de 2025 ás 11:45

O dia 8 de março é lembrado anualmente pelo Dia Internacional da Mulher. Mais que uma bela homenagem, a data é um símbolo da luta feminina por direitos trabalhistas. Por meio de mobilizações que ocorreram entre o final do século XIX e início do século XX, movimentos reivindicavam melhores condições de trabalho, igualdade salarial e participação política. A origem da data leva a uma jornada histórica percorrida por mulheres em busca de seu lugar na sociedade.


Inicialmente, a celebração do Dia Internacional da Mulher foi uma sugestão de Clara Zetkin, uma ativista que constantemente participava de conferências e campanhas em prol dos direitos das mulheres no âmbito trabalhista. Ela propôs a data para dar visibilidade a essa luta. Mas o evento que deu força a todo movimento aconteceu em 8 de março de 1917: Uma greve promovida por operárias do setor de tecelagem na Rússia ficou conhecida como a “Marcha das Mulheres de Petrogrado”. Elas protestaram contra a fome, a Primeira Guerra Mundial e o regime czarista. Toda essa história possibilita a compreensão de que a homenagem de 8 de março é também um momento de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade e como ela é tratada nesse meio. Isso tanto pelo convívio social, afetivo, familiar e profissional. A ONU reconheceu oficialmente o dia de celebração em 1975.


As mulheres tiveram conquistas importantes ao longo da história que refletem na vida em sociedade hoje. O direito ao voto, por exemplo, é um marco da luta pela participação política da mulher na sociedade que se deu no Brasil em 1932 por meio da conquista do sufrágio feminino. Um resultado da organização de movimentos promovidos por mulheres ao longo do século XX que fizeram toda a diferença. A Lei Maria da Penha, sancionada no ano de 2006, foi uma conquista que marcou a luta pelo combate a violência contra a mulher, pois ela viabiliza as denúncias de violência doméstica em maior escala. Anos depois, no ano de 2015, a Constituição Federal reconheceu o feminicídio como um crime de homicídio a partir da lei n.° 13.104. 


Há outras conquistas que marcaram a luta histórica das mulheres. Em 1827 foi garantido o direito das meninas frequentarem a escola, e em 1879 foi conquistado o direito ao acesso às faculdades. Outra importante conquista foi a criação do Estatuto da Mulher Casada em 1962. A promulgação da Lei n.° 4.212/1962 permitiu que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar, assim como também a oportunidade de pedir a guarda dos filhos em caso de separação e o direito à herança. No ano de 1852 surgiu o primeiro jornal feminino editado por mulheres, e em 1979 as mulheres passaram a ter o direito à prática do futebol.


Segundo a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paula Montagner, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 34,8% em 1990 para 52,2% em 2023 no Brasil. Um estudo feito por pesquisadoras do instituto brasileiro de Economia da fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre) mostra que ao longo do ano de 2024, no período entre janeiro e agosto, houve um crescimento de 45,18% de vagas formais de trabalho ocupadas por mulheres em comparação ao crescimento de vagas para homens que foi de 10,1%. No entanto, o salário médio das mulheres é menor que o dos homens. Novas vagas de carteira assinada ainda são mais ocupadas por eles em todo o país. O que leva a questão de que mesmo com os avanços e conquistas, ainda existe uma desigualdade entre gêneros que precisa ser combatida no mercado de trabalho.

 

A ONU Mulheres Brasil traz o tema “Para TODAS as mulheres e meninas: direitos. Igualdade. Empoderamento.“ Na celebração do Dia Internacional da mulher para este ano de 2025. O objetivo é mobilizar um chamado para ações que ampliem a igualdade de direitos, poder e oportunidade para todas as mulheres. Um apelo muito necessário para continuar avançando nas conquistas das mulheres na sociedade. Afinal, a luta histórica feminina revela a constante busca da mulher por sua autonomia e liberdade.

 

 

Referências

https://www.tre-se.jus.br/comunicacao/dia-internacional-da-mulher-8-de-marco#:~:text=Foi%20o%20que%20aconteceu%20em,oper%C3%A1rios%20do%20setor%20metal%C3%BArgico.

https://www.tre-pr.jus.br/comunicacao/noticias/2023/Marco/a-historia-do-dia-internacional-da-mulher

https://www.gov.br/ibc/pt-br/assuntos/noticias/o-dia-internacional-da-mulher-e-a-luta-por-igualdade-reflexoes-e-compromissos

https://futura.frm.org.br/conteudo/mobilizacao-social/noticia/conquistas-das-mulheres-ao-longo-da-historia

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/crescimento-das-vagas-para-mulheres-reduz-desigualdade-no-mercado-de-trabalho-diz-estudo/

https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/noticias-e-conteudo/2024/Julho/empregabilidade-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho-cresce-no-mundo

https://www.onumulheres.org.br/noticias/dia-internacional-da-mulher-2025-para-todas-as-mulheres-e-meninas-direitos-igualdade-e-empoderamento/

 

MATÉRIA DE: SARAH GOMES


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